terça-feira, 27 de abril de 2010

Sobre : Eu ainda estava vivo - Paulo Pavesi

.... Paulo Pavesi por Justiça http://ppavesi.blogspot.com/ http://br.youtube.com/ppavesi 10 anos sem Paulinho - Contra o Tráfico de Órgãos

Sobre : Luto - O silêncio não será nossa mortalha

Luto - O silêncio não será nossa mortalha


Ainda sobre luto. Por um tempo não consegui postar neste blog. A cada dia uma matéria,um tópico em outro blog me chamava à atenção, iniciava as postagem e logo as cancelava pois ao mesmo tempo alguns e-mails de pessoas - mulheres e homens- perseguidos, calados, indignados, isolados,asilados chegavam a mim na 1a pessoa, com gritos de socorro em busca de apoio e solidariedade. Cada qual relata suas caminhadas nas trilhas tortuosas da justiça,na busca desesperada por proteção e segurança. Cada uma destas pessoas conta a sua história e impossível não se sensibilizar, ao menos para mim, com seus relatos.
Por onde começar, falar por quem? Quem realmente se sensibiliza?
E elas e eles insistiam: Fale, relate o que acontece!
Neste período em nosso país tivemos muitos casos e assuntos que mexeram com a vida da nação, todos merecedores de ampla divulgação e assim foi feito por muitos destes que falam por nós. Julgamentos, casos de violência, de pedofilia, corrupção, politicos no poder,enchentes,mortes de todos os tipos, violência em todas suas qualificações, muita violência contra a mulher
Porém,muitos conseguiram enterrar seus mortos outros não... Elas e eles caminham no luto.
São crimes físicos e morais que enterram milhares, mesmo aqueles que aparentemente vivam fisicamente entre nós. Caminham em outra vida sufocados, por terem apertado mãos que aparentemente se indignavam com os crimes que foram praticados contra eles.
Em muitos
Se houvessem quebrado suas pernas, se arrastariam
Se houvessem cortado suas mãos,usariam galhos
Se houvessem furado seus olhos,enxergariam com os galhos
Mas para muitos e muitas o crime foi maior,não respeitaram seus direitos constitucionais e muitos ainda são perseguidos por clamarem por eles.
O Luto permanece por seres brilhantes e iluminados que deixaram nosso país por tragédias
O Luto permanece pelo descalabro em nosso país
O Luto permanece por aqueles que enterraram seus mortos
O Luto permanece pela omissão da sociedade
O Luto permanece por aqueles que convivem com seus pesadelos e abandono
O Luto permanece
O Silêncio não será mortalha!
Não será a terra desta terra Brasil que sepultará as vozes que clamam pelos seus direitos.
Ana Maria C. Bruni
 

Sobre : Cuba pelo juriconsulto cubano de Laritza Diversent

Prática internacional, sobre que estão falando? (II)

As restrições ao direito de reunião e manifestação que o governo cubano pretende impor às Damas de Branco, são de estrito caráter público. É uma hipocrisia tentar utilizar princípios internacionais sobre direitos humanos para justificar a discriminação.

Laritza Diversent

Prática internacional, sobre que estão falando? (I)

 
 
LEIA MAIS
 
 
 
 
 

Sobre : Advocacia, Ética e Justiça

Advocacia, Ética e Justiça


por Benedito Calheiros Bonfim*

"Nenhum advogado deve aceitar a defesa de casos injustos, – segundo mandamento do Santo Ivo, padroeiro dos advogados, – porque são perniciosos à consciência e ao decoro." No magistério de Paulo Lobo, "não pode o advogado cobrir com o manto ético qualquer interesse do cliente, cabendo-lhe recusar o patrocínio que viole a ética profissional. Não há justificativa ética, salvo no campo da defesa criminal, para a cegueira dos valores diante de interesses sabidamente aéticos ou de origem ilícita. A recusa, nesses casos, é um imperativo que engrandece o advogado". "O advogado não pode, sem proceder ilegitimamente – ressalta Maurice Garçon – é colocar os recursos de sua arte ao serviço do que lhe parece injusto com ajuda de arqumentos que ferem sua consciência". E acrescenta: "O dito, a um tempo irônico e desprestigiante, de que toda causa se defende, é falso. Há causas que o advogado deve recusar. Defende qualquer causa o profissional que só cuida de si e dos seus interesses". Na observação de Eduardo Couture, "as causas não se dividem em pequenas e grandes, mas em justa e injustas. Nenhum advogado é rico bastante para rejeitar causas justas, porque sejam pequenas, nem tão pobre deva aceitar causas injustas, porque sejam grandes".

O advogado tem compromisso com ética, com a moral, com a liberdade, com a verdade, com a justiça, com a sociedade. Como recomenda o nosso Código de Ética, o advogado deve recusar o patrocínio de causa que considere ilegal, injusta ou imoral, ressalvado o direito e dever de assumir a defesa criminal, sem considerar sua própria opinião sobre a culpa do acusado. Na profissão ou fora dela, o profissional do Direito não pode e não deve ser um alienado ou indiferente ante a injustiça e a violência, entre o justo e o injusto. Não ceda o advogado à tentação, à sedução de aceitar o patrocínio de causas de grande repercussão movido, tão só, pela busca da notoriedade, da fama, do lucro. Daí Ruy Barbosa, exortar os jovens advogados, na "Oração aos moços", a "não fazerem da banca, balcão e da ciência mercatura". No magistério de Eros Grau, "o exercício da advocacia pode ser empreendido tendo-se em vista não remuneração da moeda, mas tão somente o cumprimento da função social, que incumbe ao profissional do Direito, de transformar a sociedade por meios jurídicos". Na lição de Carvalho Neto, "A paixão servil do dinheiro é incompatível com a dignidade da profissão, sendo certo que o advogado, na plenitude do seu nobre oficio, não pode medir os cuidados pela causa segundo o valor dos honorários vencidos e vincendos". O exercício da advocacia – sublinha ainda o Código de Ética –
é incompatível com qualquer procedimento de mercantilização.

Do advogado, a cuja porta a sedução e a tentação batem com freqüência, exige-se, mais do que em qualquer outra profissão, retidão de caráter, sólida formação ética e moral, conduta ilibada.

O que não lhe é licito é, na defesa de seu cliente, seja esfera penal, cível, trabalhista, ou qualquer outra, deturpar ou orientar o cliente a alterar os fatos, falsear a verdade, instruir testemunhas, utilizar de outros expediente ou artifícios sabidamente simulados, enganosos, para burlar a boa-fé do julgador, tudo com o fito de tornar imune ou absolver seu cliente. Assim agindo, estará sendo indigno do preceito constitucional que o alçou à categoria de "indispensável à administração da Justiça". O acusado tem o direito de não se auto-incriminar. Mas o advogado não pode, em todos os casos, máxime naqueles com provas manifestas, documentadas, proclamar, a priori – como não incomumente acontece, até com profissionais de nomeada, a inocência de seu constituinte, como se tivesse endossando o ato criminoso. Cumpre-lhe, isto sim, mostrar as circunstâncias atenuantes do ato do acusado, opor-se aos rigores da pena excessiva, interpretar e demonstrar, quando for o caso, a aplicação errônea da lei, fazer com que os direitos de seu cliente sejam garantidos e respeitados, colaborar com a Justiça. Nunca, porém, lutar pela impunidade do cliente realmente culpado, desenganadamente criminoso.

O emprego de recursos protelatórios, abusivos, aproveitando-se da morosidade da justiça, com o objetivo de, pelo decurso do tempo, obter a prescrição da pena, em crimes como desvio de recursos e de patrimônio público, lavagem de dinheiro, fraudes contra a administração pública, sonegação, tem sido uma estratégia de advogados até de nomeada para conseguir a impunidade de seus clientes. O profissional que assim age se exclui do princípio constitucional de que "O advogado é indispensável à administração da Justiça".

É preciso não esquecer que o amesquinhamento da advocacia contribui para o rebaixamento do Judiciário, tal o grau de inter-relação, interdependência entre ambas as duas categorias. Como bem ponderou Carvalho Santos, "em se elevando uma, a outra também se eleva. São as duas que se deprimem, quando um tenta diminuir a outra".

* Benedito Calheiros Bonfim é Advogado, Membro da Academia Nacional do Direito do Trabalho, Ex-Presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros e Ex- Conselheiro Federal da OAB.

Fonte: Editora Magister
 
...
Leia mais
 
 
e Mandamentos dos Advogados Do Ambito Juridico
 
Mandamentos dos advogados
 

Sobre : e então baianos vamos pedir a Jaques Wagner para que peça a Lula pela vinda de Yoani Sanchéz a Bahia?

Há menos de duas semanas, a blogueira cubana Yoani Sánchez endereçou ao presidente Lula uma carta cujo teor permaneceu desconhecido. Em primeira mão, VEJA.com reproduz a íntegra do documento.

Se venceu o medo da azia e, sobretudo, a ojeriza a oposicionistas cubanos, Lula já leu na diagonal ao menos o resumo da carta traduzida por algum assessor. Se o tradutor foi fiel à essência do texto, deve ter entendido que Yoani não pode ser enquadrada em nenhuma das categorias invocadas pela companheirada para desqualificar quem tem autonomia intelectual. É especialmente ridículo acusá-la de "agente do imperialismo ianque" ou enxergá-la "a serviço dos contrarrevolucionários de Miami". É só uma jornalista que tenta ser independente na ilha subjugada pela mais velha ditadura do mundo. E só quer visitar o Brasil.

Em outubro de 2009, a primeira tentativa esbarrou nas autoridades de imigração, que lhe negaram o visto de saída necessário para apresentar aos brasileiros seu livro "De Cuba, com carinho". Sempre sem explicações, Yoani foi também impedida de viajar para a Polônia, para os Estados Unidos (onde receberia na Universidade de Colúmbia uma menção especial do prêmio Maria Moors Cabot) e para a Espanha, onde a aguardava o prêmio Ortega y Gasset.

Agora convidada para a sessão de estreia de um documentário em Jequié, na Bahia, ela enviou a carta que, em seu começo, recorda os tempos da escravidão. Na chegada dos navios negreiros à costa continental, conta a blogueira, famílias vindas da África eram esfaceladas pela divisão em dois lotes: um desembarcava em Cuba, outro no Brasil. A distância escavada entre escravos não pode ser reprisada no século 21. "Sonhamos com a livre circulação entre as nações americanas", escreveu Yoani.

O documentário dirigido pelo brasileiro Dado Galvão trata das atividades da blogueira, do movimento Damas de Branco e do fechamento do Canal 36 durante a crise política em Honduras. A primeira apresentação está marcada para 1° de junho, no Centro de Cultura Antonio Carlos Magalhães, em Jequié. A entrada é livre. A liberação de Yoani depende do governo cubano ─ e de Lula.

"O senhor tem dado mostras de que confia na boa-fé do governo cubano", registra o penúltimo parágrafo. "Para manter viva essa confiança", imagina Yoani, o governo cubano não recusaria uma solicitação do amigo Lula. "O senhor estaria pedindo o que para qualquer brasileiro ─ e para qualquer ser humano ─ é um direito inalienável".

É a chance de Lula mostrar que a opção preferencial pela ditadura companheira, sempre vergonhosa, não é de todo inútil. Depois de curvar-se tantas vezes à vontade de Fidel, depois de repreender  o preso político Orlando Zapata por ter morrido de fome, o presidente brasileiro pode demonstrar que atitudes desonrosas trazem algumas vantagens. Por exemplo, conseguir que os irmãos Castro prmitam que uma jornalista conheça o Brasil.

Mais uma vez, Lula está obrigado a escolher entre as cavernas e a civilização, entre a generosidade e a infâmia. Ele decide.

http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/direto-ao-ponto/a-carta-de-yoani-sanchez-vai-obrigar-lula-a-escolher-entre-a-generosidade-e-a-infamia/

A carta de Yoani Sánchez obriga Lula a escolher entre a generosidade e a infâmia
24 de março de 2010
...

Então baianos e povo de Jequié! Façam um apelo ao Governador Jaques Wagner para que interceda com Lula pela vinda de Yoani, afinal passam tantas férias juntos na Bahia.

 A primeira apresentação está marcada para 1° de junho, no Centro de Cultura Antonio Carlos Magalhães, em Jequié. 

Peçam por Yoani Sanchéz para que tenha permissão de Cuba para visitar as terras baianas.

http://itacarepolitica.blogspot.com/2010/03/e-entao-baianos-vamos-pedir-jaques.html

Do Itacare Politica  27 de março de 2010

 

Sobre : 1 minuto e 40 segundos. O que a gente faz agora?

1 minuto e 40 segundos


1 minuto e 40 segundos
Pode ser o tempo

Da criança vir à luz
Do último suspiro
Da mão estendida para a salvação
Da corda lançada no resgate
Do botão lançando a bomba
Da corda esticada do enforcado
Do fogo crepitando sobre livros
Do dique rompido
Do grito de socorro
Da lei promulgada
Das provas de corrupção demonstradas
Do depósito fraudulento
Da mentira consumada
Da bala perdida encontrando sua vítima
Do estupro rompendo virgens
Da agressão mortal
Do corpo que cai
Da mensagem virtual que captura sua vítima
Do órgão retirado pelo tráfico matando a vida

1min40s
Pode ser o tempo

Da descoberta da traição
Do apelo não respondido
Do bater do martelo condenando culpados
Do silencio da impunidade
Do bater do martelo condenando inocentes
Do libertar psicopatas
Dos crimes dos psicopatas
Da mentira que cala a verdade
Dos órgãos salvando vidas
Das testemunhas fugirem de testemunhos
De criminosos abaterem seus desafetos

1min40s
Pode ser o tempo

Do resgate da verdade
Da acusação de criminosos
Do início da guerra
Do fim da guerras
Da união pela paz
De cantar
De parir
De dançar
De rezar, orar

1min40s
Pode ser o tempo

De renascer
De morrer
De suicídios
De curas
De descobertas
De invenções
De transformações
De perceber a maçã que cai
De observar a flor desabrochar
De saborear a fruta desconhecida
Do abraço não dado
Do abraço recebido
Das lágrimas do desalento
Do grito sufocado

1min40s
Pode ser o tempo

Da matéria lida
Da matéria descoberta
Da música invadindo o ser
Do ser criando música
Do milagre
Do conhecimento
Do prazer
Dos propósitos
Do prêmio
Da condenação
Do perceber a água
Do sentir a solidão
De abraçar a solidão
Do olho no olho
Do sorriso da criança
Do olhar do ingênuo
De criar a poesia
De lançar um brado
De ficar calado
De construir
De destruir

1min40s
Pode ser o tempo

Da vergonha
Da chicana
Da falcatrua
Da imoralidade
Da perdição
Da fraude
Do roubo
Do tiro
Da espada
Da culpa
Da acusação
Do medo
Da coragem
Do destemor
Do amor
Da amizade
Do aperto de mão
Do abraço no coração
Da perfídia
Da armadilha
Do golpe
Da agressão
Da tortura
Do grito
Do herói
Do covarde
Do que não tem nada a dizer
Do omisso

1min40s
Pode ser o tempo
Da civilização

Do início
Do fim
Do seu tempo
 
Do Blog 1minuto e 40segundos